Psoríase - novas abordagens
A psoríase é principalmente uma doença imunológica dendrítica e mediada por células T com aumento dos níveis intralesionais de células T auxiliares, interleucinas, entre outros elementos.
Como tal, muitas novas terapias surgiram nas últimas décadas para o tratamento da psoríase, principalmente agentes biológicos imunomoduladores, como ustequinumabe, etanercepte e infliximabe. No entanto, nem todos os pacientes se beneficiam ou podem tolerar esses medicamentos, levando à experimentação de medicamentos anti-inflamatórios não convencionais, como a naltrexona em baixas doses (LDN).
A naltrexona em baixa dose antagoniza os receptores μ-opióides e os receptores não opióides. Esses efeitos, são acoplados para produzir propriedades analgésicas e antiinflamatórias, aumentando paradoxalmente a liberação endógena de opioides (por sua vez, aumentando os níveis de ß-endorfina) e mitigando a cascata pró-inflamatória.
Os prováveis mecanismos de ação são: (1) redução de marcadores pró-inflamatórios por meio da inativação do TNF produzido por macrófagos e (2) controle da dor e do prurido por meio do aumento de opioides endógenos circulantes, como a ß-endorfina, devido à liberação paradoxal de opioides endógenos por naltrexona em baixa dose. Clinicamente, esse resultado pode ter implicações para pacientes que não toleram outras terapias ou para os quais outros tratamentos não tiveram sucesso.